Ensaio sobre o verdadeiro sono

“Acordar nem sempre é deixar de dormir”
Começo com essa frase elaborada pelo meu alter ego em uma de nossas conversas filosóficas, sim, eu converso com meu alter ego diariamente, e as conversas são das melhores, daquelas que temos na mesa de um bar, tomando uma das forças motrizes do capitalismo e discutindo como somos submissos a ele, e como somos meras marionetes desse sistema covarde (velho clichê) que só nos prende, e nos dá falsas esperanças para que sonhemos mais e mais, e a queda seja cada vez pior.
Demonstrarei em síntese o “ensaio sobre o verdadeiro sono”

“Meu amigo, Acordar nem sempre é deixar de dormir, pensamos que estamos acordados, mas nem quando despertamos de um sono profundo acordamos realmente, estamos imersos em um mar de ilusões e sonhos que são feitos meramente para manter a ordem deste fétido mundo, mantido por fétidas ilusões, e não pense que acordar será satisfatório, quando você está dormindo, no estágio três, aquele em que você tem os melhores e piores devaneios, em que sua mente parece que está “plugada na matrix” você gosta de ser acordado? Certamente não, ao acordar você sente até cefaléia de tão ruim que é voltar ao mundo real, isso com certeza você sentiria se pudesse acordar e ver o mundo como ele realmente é, seria trágico, você veria que nada do que você sonha ou quer acontecerá se já não estiver previsto, por mais que odiamos não poder controlar o nosso destino, a cada dia eu passo a acreditar mais naquela máxima “tudo está escrito” pois tudo parece ser tão miraculosamente traçado, e acontece de uma forma tão perfeita, que não pode ser jogado ao acaso, por mais cético que sejamos, temos que ver que é improvável que tudo seja “entregue a própria sorte” por essas e por outras que eu começo a achar que a vida é realmente um sonho, uma ilusão criada pra nos manter quietos (Morpheus já nos dizia..) você quer acordar? Eu por enquanto não.”