No meu outro blog eu tenho a seção ‘Samba pra distrair’, mas como ele ta desativado por uns tempos (ou para sempre, ainda não decidi) resolvi que de vez em quando vou colocar um samba perfeito por aqui, e o primeiro foi essa jóia que eu achei na voz do Emilio Santiago, mas que foi feita pelo mestre Paulo César Pinheiro em parceria com o grande Baden Powell, e é uma obra prima.
Um dos poucos sambas em que o compositor ao invés de chorar, sai por cima, ao contrario da maioria dos sambas, poemas e etc. onde o homem sempre é marginalizado pela mulher e chora suas dores no papel transformando-as em poesia, uma das melhores letras que eu já vi em minha vida e apareceu em um momento muito oportuno, enjoy:
Última Forma
(Paulo César Pinheiro e Baden Powell)
É, Como eu falei
Não ia durar
Eu bem que avisei
Vai desmoronar
Hoje ou amanhã
Um vai se curvar
E graças a Deus
Não vai ser eu quem vai mudar
Você perdeu
E sabendo com quem eu lidei
Não vou me prejudicar
Nem sofrer, nem calar
Nem vou voltar atrás
Estou no meu lugar
Não há razão pra se ter paz
Com quem só quis rasgar o meu cartaz
Agora pra mim você não é nada mais
E qualquer um pode se enganar
Você foi comum
Você foi vulgar
E o que é que eu fui fazer
Quando dispus te acompanhar
Porém pra mim você morreu
Você foi castigo que Deus me deu
Não saberei jamais
Se você mereceu perdão
Porque eu não sou capaz
De esquecer uma ingratidão
E você foi uma a mais
E qualquer uma pode se enganar
Você foi comum
Você foi vulgar
E o que é que eu fui fazer
Quando dispus te acompanhar
Porém pra mim você morreu
Você foi castigo que Deus me deu
E como sempre se faz
Naquele abraço adeus
E até nunca mais
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