Se a PEC passar, o governo, em
suas três esferas, terá um limite de gastos. Trocando em miúdos, o
governo não poderá gastar mais do que a inflação acumulada nos 12 meses
anteriores. Por 20 anos.
TEORICAMENTE seria lindo, magnifico,
perfeito, porém, com isso, vem algumas outras coisinhas “no pacote”, que
seriam o quase congelamento dos salários do funcionalismo federal (não
seria congelamento completo por causa dos planos de carreira, mas
sabemos que só isso não é suficiente) e a quase extinção dos concursos
públicos, que, se a pec for aprovada, serão feitos apenas para relocar
vagas que forem abertas por servidores aposentados.
Lendo e
relendo o texto da PEC, esses dois pontos são os únicos que me deixaram
triste, por que todos sabemos que o funcionalismo público é uma zona,
agora imagine com salários ainda mais defasados e sem concursos para
aumentar o já baixo contingente?
Ao contrário do que o PT e seus
puxadinhos (psol, pc do b e etc) vem dizendo, a pec não vai TIRAR
DINHEIRO da educação, mas também não vai aumentar, TEORICAMENTE vai
garantir que seja investido ao menos o que a constituição manda (sabemos
que a maioria vai pelo ralo da corrupção, então na real vai ficar é a
mesma coisa sempre), por que se diminuir o déficit vai ter ao menos o
dinheiro programado, evitando assim os cortes que tanto a Dilma fez.
Já com a saúde, o governo federal só é responsável por 19% de tudo o
que o brasil gasta, o resto é de responsabilidade dos estados e
municípios, na saúde, talvez, haja alguma perca, mas ainda assim seria
menor do que a que a gente passou com a dilma, e se der certo, e
tivermos superavit, o valor orçado pode aumentar, com autorização do
congresso. Se você se esforçar um pouco você entende.
Então essa parte é boa, limitar gastos não só é preciso como é necessário. Não temos dinheiro infinito.
Um outro lado bom é que vai cortar a criação de novos cargos
comissionados (usados quase sempre como apadrinhamento), e de novas
estatais, que quase sempre só incham ainda mais o estado.
Sabemos
(ao menos quem não vive no mundo da fantasia, em cuba ou na venezuela)
que o Brasil está completamente falido, respirando por aparelhos após o
sucateamento que o PT fez, que deixou nosso país quase em uma situação
de pós guerra e que alguma medida tem que ser tomada.
Também
sabemos também que o PT quando esteve no poder sempre defendeu um ajuste
fiscal (claro, sempre mantendo os ideais de esquerda que incham o
estado) parecido, o ex-ministro levy queria fazer um congelamento
parecido, mas não conseguiu porque o PT já não tinha força pra nada.
Por incrível que pareça, não estou defendendo, não estou dizendo que
essa é a melhor saída, mas infelizmente precisamos de um limite, de um
período de economia para que o pais ao menos saia do negativo. E
gastando deliberadamente isso nunca vai acontecer.
O texto sem
alterações já foi aprovado em primeiro turno na câmara e ainda vai
passar por mais uma votação por lá e depois de mais 2 no senado. Ao
invés de ficar repetindo falácias, ficar gritando “ainn fora temer”, que
sabemos que não resultará em nada, podemos pressionar deputados e
senadores para fazerem adendos e/ou retirarem alguns pontos que podem
ser retirados, como o dos concursos e dos salários dos servidores, ou
sei lá, que não seja por 20 anos.
É fácil falar fora Temer depois de ter votado na Dilma, a culpa disso tudo é muito mais sua que minha.
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