sábado, 18 de julho de 2009

Parabola do perdão (2ª Parte)

Segunda parte

No caminho apareceu um senhor de aparência forte e temperamento que aspirava bondade, “Meu filho você está horrível, me acompanhe até minha choupana para que eu lhe prepare um banho e algo para comer, porem com o erro de calculo dos suprimentos, o guerreiro estava caminhando de maneira lenta e cuidadosa, e já estava atrasado, o mestre não ia perdoar um atraso, e o guerreiro tentou dizer não, porém já estava vencido, e foi ao chão.
Ao acordar estava na em uma choupana de boa aparência, com roupas limpas e já tinha um prato cheio do seu lado, com frutas e um ensopado de cotovias, que ele adorava. O guerreiro comeu e queria seguir sua viagem, mas ainda estava fraco e não conseguiu, o senhor perguntou o que ele fazia sozinho por ali, “estou indo ao encontro de meu mestre, ainda me faltam alguns ensinamentos” o senhor lhe disse que poderia ensinar muitas coisas enquanto o guerreiro estivesse ali, o guerreiro acabou aceitando, e o senhor lhe ensinou algumas praticas de espada de já ouvira falar, porem na segunda lição o guerreiro disse que não poderia continuar, que alem de estar muito atrasado, aquilo soaria como traição para seu mestre, e o guerreiro partiu.
Agora descansado, alguma coisa preocupava muito o guerreiro, ele já não conseguia descansar, e só pensava no que aconteceria ao encontrar seu mestre, como contaria que havia obtido ajuda de um outro mestre, ele sabia que ele já não era seu discípulo preferido, e que depois disso ele nunca iria o perdoar, pensou em parar e morrer na floresta abandonado no meio dos animais, pensou em não mais ir ao encontro do mestre e seguir outro caminho, mas nunca pensou em ficar, nunca passou por sua cabeça trocar seu mestre, aceitar a hospitalidade do outro mestre que havia aparecido, sentou na relva e chorando começou a esbravejar aos céus como tinha sido fraco, ele não era mais digno do mestre, o tinha desrespeitado brutalmente, o código dos guerreiros dizia que só se podia ter um mestre, e ó dele o guerreiro poderia aprender, com mais nenhum, eles estava perdido novamente pensou em ficar ali mesmo deitado na relva, se deixar se consumido pelos vermes e abutres, pois era isso que ele merecia, era isso que seu mestre iria determinar que ele fizesse, o guerreiro estava muito arrependido como nunca o tivera.
Ficou ali deitado se consumindo e martirizando em pensamentos, o mestre o havia ensinado que um guerreiro não deve desistir nunca, e decidiu que continuaria, levantou, enxugou as lagrimas e continuou, decidiu que iria correndo o resto do caminho, para compensar um pouco o atraso, e se seu corpo não agüentasse e desfalecesse seria o certo e ele não tentaria novamente, ficaria e morreria onde sua mente consumida pela culpa e seu corpo dilacerado pelas feridas caísse.
Correu, até quando seus pés não agüentavam mais, ai ele correu mais, continuou até que chegou próximo ao lugar marcado pelo seu mestre, que como ele previa não estava mais lá, e não tinha nenhum sinal de que havia tido alguém ali, o guerreiro ficou lá parado durante dois dias esperando algum sinal terreno ou divino do que faria, até que seu coração mandou ele levantar e seguir por um caminho que estava ao seu leste, e ele como sempre seguiu seu coração, já estava cansado, mas continuou, seguiu com a esperança de encontrar seu mestre, seguiu somente pelo amor que ainda sentia por ele, por seus ensinamentos e sua companhia que julgava ser a melhor companhia que se pode ter nesse mundo.

Segunda parte em breve

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