quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Curtir o sofrimento.

É isso mesmo que você esta lendo, curtir o sofrimento pode ser uma arma muito valiosa para se livrar dele, ou para passar dele com uma maior integridade, seja ela física ou moral. O sofrimento é um aprendizado, e isso todo mundo diz, principalmente nos conselhos pós termino de um relacionamento, “Você vai aprender muito com isso”, “na próxima vez você sofrerá menos” e etc. os conselhos quase sempre são os mesmos, esteja você “certo ou errado”.
Sofrer por alguém também nunca é certo. Essa frase também você escuta milhões de vezes nessas circunstâncias, a outra pessoa sempre esta errada, por mais que ela esteja coberta de razão, é um medida de proteção para com a pessoa que esta sendo aconselhada, as pessoas ao aconselhar um, automaticamente ficam meio que inimigas da outro, por mais que o façam apenas na frente do aconselhado.
Mas o que todo mundo sabe, e ainda assim continua fazendo, é que NENHUM CONSELHO adiantará, se adiantasse, ninguém sofria por muito tempo, era só o período de encontrar algum amigo, e o amigo dizer “ela(e) não merece as suas lagrimas” ai pronto, você estaria curado e pronto pra outra, mas todo mundo sabe que não é assim, o amor é uma droga, e como tal, causa uma doença, a dependência, e os conselhos não passam de paliativo, mas esse texto não é para condenar os conselheiros, pelo contrario, se a dependência é uma droga os conselhos serão como um remédio, muito fraco, mas são.
O remédio mais poderoso para essa doença é ele mesmo, o próprio sofrimento, ele quando é usado contra ele mesmo tem um efeito de alivio quase instantâneo, (depois do período de ação, como qualquer outro remédio) tenho que advertir que para usá-lo você tem que ser muito forte, porque o efeito colateral é muito forte, enfrentar o sofrimento é uma arma já usada a muito tempo, e reverte-lo para o bem é uma pratica muito usada, principalmente por poetas ou compositores, os maiores poetas e artistas das letras fizeram suas maiores obras primas quando estavam completamente apaixonados e quase sempre quando não eram correspondidos, isso é um fato. Você mesmo não sendo alguém com esse talento especial, também pode usar o usar o sofrimento para o bem, basta tentar.
Você está completamente na fossa, no ápice do sofrimento, ai o que você faz? Ou liga pra algum amigo, ouse afoga no álcool, e isso serve como um ótimo paliativo, por algumas horas você fica novo, porem depois dessas horas, você volta para o estagio anterior, quando não volta mais na fossa ainda, então chega a ser um remédio muito bom.
O que eu estou dizendo é apenas uma experiência feita por mim, e por outros, e que na maioria dos casos, e quando feito certo, é um remédio também paliativo, mas com um efeito muito mais duradouro, infelizmente não existe um que seja definitivo, e esse é simples, basta não fugir do sofrimento, apenas enfrentá-lo.
Isso mesmo, ao invés de fugir das coisas que lembrem o motivo da dor, que tal ir ao encontro, não ir encontrar a pessoa, mas as coisas que lembrem ela, fotos, músicas, lugares e etc. dessa forma fazer com que a dor bata com sua força máxima, e chegue em um ponto quase insustentável, sofra com intensidade para até chorar, (se chegar nesse ponto é melhor que você esteja sozinho(a)) chore tudo que você tenha para chorar, desabafe sozinho(a) e se possível, escreva, não precisa fazer poemas ou um Best seller, mas escreva, desabafe com o papel, escreva tudo o que acha que está certo, tudo que considera errado, escreva, mesmo que seja muito, canse de escrever, canse de chorar, vá ao inferno e volte, porque quando você voltar, estará muito melhor, ao menos por um tempo, você ficará novo(a) mesmo que depois tudo volte, certamente não voltará com a mesma intensidade, e se você repetir isso outras vezes, vai chegar em um ponto que a dor não será tão forte, e você se curará mais rápido.
Por mais que demore, o tempo será muito menor do que se você fizesse o método antigo, o de “evitar” de “fugir” se você enfrentar, o máximo que pode acontecer, é você aprender mais, ficar mais forte paras as próximas que certamente aconteceram.

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