sábado, 18 de setembro de 2010

A Cura

Já vimos às fases do amor, e de como ele pode ter um poder destrutivo-viciante mais poderoso que a mais poderosa das drogas, mas pouco falamos da ‘cura’, dos que conseguem, ou pular fora do barco antes que ele fique longe demais do continente, ou dos que conseguem sair, mesmo depois do estagio final, como dizem, depois de ter sofrido o pão que o diabo amassou, ele consegue curar-se, existem sempre duas saídas possíveis, 1ª: Encontrou um novo amor, e 2ª: Foi trocado por um novo amor, SEMPRE vai ser assim.

Quando acontece a primeira opção, é muito fácil, significa que já se encontrou a cura, ou esta muito próximo dela, e já se pode reiniciar todo o ciclo DDD (deslumbramento-desilusão-decepção, que é um resumo master da teoria das fases do amor) com outra pessoa, Mas você conseguir se apaixonar de novo nem sempre significa que você esta curado, é possível se apaixonar por alguém amando outro alguém, sim, é perfeitamente possível, já vivi, já vi e já ouvi diversos casos onde isso aconteceu. Quase sempre essa paixão não passa de um fogo de palha e rapidamente se dizima em meio ao amor que já existia, mas isso também como quase tudo na vida é uma questão de escolha, se você escolher não dar muita importância, e escolher continuar com seu amor, a “outra paixão” vai morrer muito rapidamente, caso contrario, pode até crescer suficientemente pra tomar o lugar do “original”.

Mas esse não é o tema desse texto, voltando a ele, quando você consegue se curar, sair da depressão que quase sempre você cai em um fim de um relacionamento, é uma vitoria pessoal sem tamanho.

Quando acontece de você ser trocado por um novo amor, ai é muito mais difícil de você se curar da ‘síndrome do coração partido’ a escolha não foi sua (em termos foi, mas isso é outro assunto) você foi forçado a simplesmente seguir sem o ser amado, a viver, mesmo que a vida, para você, não faça mais sentido, mas ela faz e você vai ver isso em breve (geralmente 3 ou 4 meses depois) e quando você consegue ver isso, é como se uma bateria de fogos de artifício estourasse na sua cabeça, e a sua vida recomeça, o ciclo inteiro recomeça, o eterno retorno se mostra presente, você esta curado e se livrou parcialmente do vicio que é o amor.



Texto a pedido do meu amigo Jairo Felipe, aproveitem e visitem o ótimo blog dele o Caos de Ideias Claras.

2 comentários:

Jairo Felipe disse...

O Texto é a personificação exata do seu espelho! Parabéns! Espero que encontre a cura em breve...

Paulo Dourado disse...

Gostei muito meu poeta!
Muitas verdades nesse texto, e te digo mais; também vivi todas essas fases de como o amor se apresenta a nós!
Quando eu vejo um adolescente muito "vigoroso/deslumbrado/amando incondicionalmente/arrogante/prepotente" sua namorada, dizendo ter achado a sorte grande, agradecendo no seu "orkut" a Deus por ter lhe proporcionado tamanha bênção... Eu penso:
"cara, que bom que esse não sou mais eu"
Porque pode ter certeza meu poeta, esse ingênuo será a próxima vítima que esse tipo de “amor” fará.
E não estou dizendo que não acredito mais no amor, ou que não se pode nunca mais amar a ninguém.
Muito antes pelo contrário... Acredito tanto nisso que sei que esse amor tem um nome: "Amor próprio". Todos os outros amores advêm desse. Se esse não existir de fato, pode ter a certeza que nenhum outro amor pode germinar em terra tão infértil.