Religião sempre é uma questão mais que polemica, é quase (e muitas vezes já foi) motivo de morte, antes eu adorava discutir religião, sempre tinha milhões de argumentos (como todo ateu, já que cristãos só usam e tem a fé como argumentação), porem depois que atingi a minha atual maturidade intelectual, vi que isso é a maior perca de tempo que se pode ter, e não digo isso apenas com a religião, discutir quase todas as coisas é perca de tempo, pessoas sensatas que aceitam bons argumentos e se curvam diante de um argumento incontestável são cada vez mais raras, e o melhor que temos a fazer é praticar o silêncio.
Eu fui criado em uma família essencialmente católica, e assim, vivi dentro da igreja até mais ou menos os 16 anos, mas desde os 14 eu já tinha uma idéia muito própria de religião, acreditava em Deus, porem não acreditava em religião alguma, mas mantinha a crença em Jesus, nos santos e fundamentalmente em deus.
Eu sempre tive muitas duvidas sobre religião, e naquele tempo eu lia muito, umas 18 vezes a mais que hoje, que não leio quase nada. Então comecei a me aprofundar primeiramente sobre a igreja católica e as demais religiões, que eram praticamente iguais, e até hoje são, seja nas coisas boas e nas ruins (tendo em vista que todas derivaram da mesma, tem o mesmo ser superior, o mesmo livro base, e regras muito parecidas).
Minha primeira ”revolta” foi com as igrejas, a partir desse ponto já deixei de freqüentar a igreja, indo de encontro com toda a filosofia da minha família, e nesse tempo eu discutia com qualquer um que me criticava ao saber desse meu ponto de vista, mas ainda não era tão grave por que ainda acreditava em Jesus.
Até que li “Assim falou Zaratustra” de uma maneira interpretativa, lendo, relendo, e tentando entender de verdade, na essência o que Nietzsche queria dizer, ai, e com base em outras leituras de apoio, eu passei a ser ateu no sentido da palavra, ou seja, passei a entender que Deus é apenas mais uma criação mitológica, assim como outras inventadas várias vezes durante a história da humanidade.
Aos 16, depois de muita leitura aprofundada, eu já havia mudado completamente minha essência religiosa, e nesse momento ela nem existia mais, porem como é uma definição e concepção minha, não costumo andar com uma placa escrita: “ateu”, apenas vou levando minha vida com minha própria definição de descrença.
Sobre Jesus: Não duvido que ele tenha existido, difícil é acreditar em sua ressurreição e milagres, porém ele pode sim ter existido e ter sido um cara muito legal, que talvez nem tivesse noção das atrocidades que cometeriam em seu nome.
Hoje não consigo ver sentido nenhum em acreditar em “Deus” e principalmente na Bíblia, não sei de pesquisas exatas, mas tenho quase certeza que a grande maioria dos cristãos nunca a leu completamente, não conhece suas disparidades e contradições. Sempre e recomendo a todos que continuem com suas religiões e crenças, pois a vida fica muito mais fácil quando se acredita em um Deus.
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