quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Governo do Acre e a proibição da diversão.

Acho que todos já sabemos das limitações que o poder público tem atualmente colocado nos lugares onde começam as aglomerações de pessoas aqui na nossa capital e eu, como um “atingido” por essas proibições, resolvi escrever sobre isso, mesmo sabendo que não mudará em nada a situação. 

O Parque da Maternidade, inaugurado em 2002, foi construído sobre um córrego que servia também de deposito de esgoto de uma grande parte da capital acreana, e depois da urbanização feita, se tornou um dos maiores pontos turísticos de Rio Branco. 

Com a inauguração do Parque, iniciou-se uma “nova” cultura, a de juntar um grupo de amigos, estacionar o carro, sentar em cadeiras ou no próprio carro para conversar, beber e ouvir som. Até ai tudo bem, o problema é que no meio das pessoas normais sempre existem os idiotas e, como diria Forrest Gump “Idiota é quem faz idiotice”, e usando de irracionalidade começam a aproveitar o espaço para praticas ilícitas, como uso de drogas, arrancadas com automóveis e etc. além uso de som automotivo com o volume excessivamente alto, inversamente proporcional ao tamanho do Q.I.

Essas praticas fizeram com que moradores das imediações exigissem providencias dos governantes, que começaram a tomar medidas enérgicas, primeiramente limitando o horário que se poderia estacionar nas imediações, e colocando viaturas fazendo rondas periódicas no local. 

O problema é que ainda assim os acéfalos continuavam a atormentar aos que usavam o local apenas como ponto de encontro e diversão alternativa aos bares e casas noturnas da capital, que praticam um preço absurdamente exagerado em seus serviços.

Depois de alguns anos de medidas sem sucesso, o governo tomou uma atitude que, ao meu ver, foi a assinatura de atestado de incompetência, simplesmente proibiu o estacionamento em quase todo o perímetro do parque, tirando uma das já poucas opções que os jovens acreanos tem de diversão grátis.

Eu entendo a preocupação do poder público, porem não consigo digerir essa medida, também sei que os acéfalos ignóbeis simplesmente não conseguem aprender a conviver pacificamente em sociedade, e medidas precisam ser tomadas, porem devemos ter bom senso e ver o quanto essas medidas podem ou não atingir a população.

Como já disse anteriormente, Rio Branco sofre de uma carência absurda de opções culturais, e, além disso, ainda sofremos com o abuso nos preços das poucas que ainda existem, então a saída foi encontrar meios alternativos para diversão, o problema é que nem todos conseguem conviver em sociedade sem cometer atrocidades, e isso acaba por atingir todos os que usufruem pacificamente do local. Uma alternativa seria montar postos policiais em ao menos dois lugares do Parque, isso já, com certeza, evitaria 98% dos problemas, ficaria caro, mas seria eficiente. 

Um exemplo mais atual e praticamente igual, aconteceu com a Av. Amadeu Barbosa, nas imediações do Estádio Arena da Floresta, para onde foram as pessoas depois que o Parque da Maternidade ficou “proibido”, o local começou a ser o novo point de encontro dos jovens, mas como todos os outros lugares públicos de sucesso, foi também proibido.

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