quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Deus, amor ou coincidência?

Três da manhã, ela acorda suada e completamente atordoada e assustada, um pesadelo havia acabado com a madrugada tranqüila que ela vinha tendo até então, ela senta na cama e não consegue parar de pensar nele, “será que está bem?”, “será que aconteceu algo?” essas e outras perguntas agora povoavam sua cabeça e, sem que ela quisesse, já estava em pânico envolta nos mais diversos pensamentos. 

Ela respira fundo, toma coragem, vai até a cozinha e toma um copo d’água, já é o suficiente para uma calma revigorante tome o lugar da excitação que antes a afligia, ela então mais calma começa a pensar um pouco melhor, “foi só um sonho, deixe ser tola e volte a dormir” era o que a razão lhe dizia, “ligue pra ele, tenha certeza de que está bem” o coração gritava, ela continuava dividida nesse furacão de emoções que estava desde o pesadelo que havia tido. 


Ela decide ligar, pega o celular, seu número está nas chamadas discadas, ela pensa mais um milhão de vezes antes de apertar a tecla verde “ele vai me julgar, pensar que estou correndo atrás dele”, ela joga o celular de volta na cama, vai ao computador “ele pode estar online”, abre o programa de mensagens e nada, ele não está lá, ela volta pra cama e uma lágrima escorre em meio ao seu rosto preocupado e triste, ela não sabe o que fazer. Na verdade sabe, só não tem coragem. 

Novamente pega o telefone, dessa vez decidida a ligar e acabar com essa aflição que já estava em níveis alarmantes, tudo por causa de um simples sonho, que agora somado a uma sensação ruim que a acompanhava desde que o havia visto pela ultima vez, ela pensa novamente antes de ligar, não quer parecer fraca, neurótica ou causar qualquer outra sensação que parecesse com o desespero que ela sentia, queria, como toda mulher, parecer forte, determinada, não queria mostrar que estava apaixonada, não queria parecer fraca. 

Ela agora está deitada, olhando para cima e apelando para todos os deuses para que ele esteja bem e que ela simplesmente se acalme, quando, ainda em sua mão, o telefone começa a tocar, era ele, ela atende apressadamente e ouve a voz que queria ouvir há muito tempo, “oi, desculpa ligar essa hora, estava pensando em você e decidi ligar” ela não consegue responder, apenas chora enquanto ele tenta acalmá-la e pergunta desesperadamente o que aconteceu.

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