quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A mentira


Regysclley era um rapaz bom e integro, casado com a linda e doce, porem ciumenta Adalgisa, eles mantinham uma relação estável e ela, com muito sofrimento, mantinha a calma e tranqüilidade e conseguia controlar seu ciúme quase doentio.

Ele trabalhava em uma firma de advocacia conceituada e como era recém formado era essa sua grande chance, sua esposa o apoiava, mesmo sabendo que a indicação ao emprego tinha sido dada por uma ex namorada de Regys, que era filha do dono da firma, mas eles já haviam conversado muito a respeito e tudo havia ficado no passado.

Regysclley amava sua esposa e apesar de jovem era muito fiel a ela, fazia questão de deixar claro que nunca a trairia e que ela era a mulher da sua vida.

Ele havia sido requisitado pelo seu chefe para um caso importante da firma em que trabalhava, era um caso que iria render milhões em honorários e que vez ou outra ele precisava ficar no escritório ate tarde para trabalhar. O caso era um divorcio de um importantíssimo político e empresário, ele representava a ex mulher do homem em questão.

Em uma terça feira comum ele, antes de acabar o horário de expediente, percebeu que precisaria trabalhar até mais tarde e até se ausentar do escritório para uma pequena investigação que ajudaria bastante e até mudaria, pra melhor, o rumo do caso em que trabalhava, ciente da demora ele ligou para esposa e avisou que teria que se atrasar.

-Amor, hoje vou ter que chegar mais tarde, viu?
-De novo? Retrucou a esposa.
-Sim, de novo, hoje inclusive vou ter que sair do escritório pra dar uma investigada. Explicou.
-Poxa vida, mas ta bom, fazer o que né...
-Te amo, beijos. 

Ele se despediu da amada e já contatou a amiga de trabalho que o auxiliaria, que era uma grande amiga da faculdade chamada Gecicléya.

-E ai, vamos logo? Não quero chegar muito tarde em casa. Disse Regysclley.
-Estou pronta, você leu o resumo do caso que o Dr. Zunivaldo deixou na sua mesa?
-Não deu tempo, onde temos que ir?
-Vamos ter que ir em um motel. Disse Gecicleya com um ar misterioso, enquanto pegava os papeis do processo.
-Motel? Por que? Perguntou o nosso herói com preocupação.
-Vamos confirmar com um funcionário que disse testemunhar a nosso favor, parece que o cara foi lá com a amante, teve um problema no cartão de credito e o funcionário lembra dele e disse que ajudaria testemunhando, porque você não leu o resumo, tsc tsc tsc.
-Não deu tempo, já disse, vamos logo.

Entraram no carro do rapaz e seguiram até o motel, chegando foram entrando e logo perguntaram na recepção pelo tal funcionário, até que o destino decide pregar uma de suas peças e uma funcionaria os vê no carro esperando enquanto foram chamar o rapaz que os ajudariam, tudo normal, se essa funcionaria não fosse prima da mulher de Regyscley, que na mesma hora ligou para ela e contou que havia visto seu marido com uma mulher entrando no motel que ela trabalhava.

Regyscley sem notar que era observado pela mulher ouviu onde estava o tal homem e saiu de lá indo ao seu encontro, combinou com o sujeito e foi embora, tudo dentro da normalidade e profissionalismo.

Adalgisa ao ouvir o relato de sua prima nem pensou em checar a informação, já retirou todas as roupas do marido do guarda roupa, colocou em duas malas e as deixou na sala, se trancou no quarto e se debulhava em lágrimas enquanto ouvia um velho cd do Kid Abelha.

Regyscley sem saber de nada e voltando pra casa passou em um posto de gasolina para abastecer quando, no outro lado da rua, viu uma floricultura aberta e decidiu fazer um agrado a esposa como forma de compensação por ter chegado tarde chegando em casa viu as malas na sala e não entendeu nada, lembrou que nem ele nem a esposa tinham planos de viajar e foi até o quarto questionar a esposa, quando girou a maçaneta viu que o quarto estava trancado chamou pela esposa.

-Amor?
-SAI DAQUI, VAI EMBORA, TUAS COISAS ESTÃO AI NA SALA, SEU IDIOTA. Gritou Adalgisa com todas as suas forças.
-Amor, o que está acontecendo, ta louca? Perguntou Regys completamente inocente e sem entender nada.
-SAI DAQUI, NÃO QUERO FALAR COM VOCÊ.
-Amor, pelo amor de Deus, só me fala o que aconteceu...
-SAI DAQUI, VAI LÁ PRA AQUELA VAGABUNDA QUE ESTAVA CONTIGO NO MOTEL, VAI.
-Pelo amor de deus, ela é minha colega de trabalho, a gente tava trabalhando.
-PUTARIA AGORA É TRABALHO É? ERA BEM AQUELA VADIA QUE TU NAMORAVA, SAI DAQUIIIIII
-Por favor, vamos conversar, eu posso explicar.
-NÃO QUERO SABER, SAI DAQUI, PARA DE MENTIR.
-Eu fui lá pra resolver uma coisa do trabalho, sai aqui ou deixa eu entrar e vamos conversar, isso é um mal entendido.
-PARA DE MENTIR, NÃO QUERO SABER, VAI EMBORA, TE ODEIO.
-Tá bom, eu admito, eu tava comendo ela mesmo, e quer saber, ela é muito mais gostosa que você.

Depois dessa frase, Regys escuta a fechadura destrancando, a porta abrindo, e Adalgisa saindo do quarto completamente destruída e em lágrimas.

-COMO É QUE É? Perguntou desconsolada.
-Amor, vem aqui, eu só disse isso pra você sair do quarto, olha isso. Regys mostrou o documento assinado pelo funcionário do motel dizia onde ele trabalhava, o dia que foi visitado e que aceitava ajudar.

Adalgisa leu, se acalmou e os dois fizeram amor ali mesmo, na sala, em meio as malas que ela tinha arrumado para o marido.

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