Regysclley era um rapaz bom e integro, casado com a linda e
doce, porem ciumenta Adalgisa, eles mantinham uma relação estável e ela, com
muito sofrimento, mantinha a calma e tranqüilidade e conseguia controlar seu
ciúme quase doentio.
Ele trabalhava em uma firma de advocacia conceituada e como
era recém formado era essa sua grande chance, sua esposa o apoiava, mesmo
sabendo que a indicação ao emprego tinha sido dada por uma ex namorada de
Regys, que era filha do dono da firma, mas eles já haviam conversado muito a
respeito e tudo havia ficado no passado.
Regysclley amava sua esposa e apesar de jovem era muito fiel
a ela, fazia questão de deixar claro que nunca a trairia e que ela era a mulher
da sua vida.
Ele havia sido requisitado pelo seu chefe para um caso
importante da firma em que trabalhava, era um caso que iria render milhões em
honorários e que vez ou outra ele precisava ficar no escritório ate tarde para
trabalhar. O caso era um divorcio de um importantíssimo político e empresário,
ele representava a ex mulher do homem em questão.
Em uma terça feira comum ele, antes de acabar o horário de
expediente, percebeu que precisaria trabalhar até mais tarde e até se ausentar
do escritório para uma pequena investigação que ajudaria bastante e até
mudaria, pra melhor, o rumo do caso em que trabalhava, ciente da demora ele
ligou para esposa e avisou que teria que se atrasar.
-Amor, hoje vou ter que chegar mais tarde, viu?
-De novo? Retrucou a esposa.
-Sim, de novo, hoje inclusive vou ter que sair do escritório
pra dar uma investigada. Explicou.
-Poxa vida, mas ta bom, fazer o que né...
-Te amo, beijos.
Ele se despediu da amada e já contatou a amiga de trabalho
que o auxiliaria, que era uma grande amiga da faculdade chamada Gecicléya.
-E ai, vamos logo? Não quero chegar muito tarde em casa.
Disse Regysclley.
-Estou pronta, você leu o resumo do caso que o Dr. Zunivaldo
deixou na sua mesa?
-Não deu tempo, onde temos que ir?
-Vamos ter que ir em um motel. Disse Gecicleya com um ar
misterioso, enquanto pegava os papeis do processo.
-Motel? Por que? Perguntou o nosso herói com preocupação.
-Vamos confirmar com um funcionário que disse testemunhar a
nosso favor, parece que o cara foi lá com a amante, teve um problema no cartão
de credito e o funcionário lembra dele e disse que ajudaria testemunhando,
porque você não leu o resumo, tsc tsc tsc.
-Não deu tempo, já disse, vamos logo.
Entraram no carro do rapaz e seguiram até o motel, chegando
foram entrando e logo perguntaram na recepção pelo tal funcionário, até que o
destino decide pregar uma de suas peças e uma funcionaria os vê no carro
esperando enquanto foram chamar o rapaz que os ajudariam, tudo normal, se essa
funcionaria não fosse prima da mulher de Regyscley, que na mesma hora ligou
para ela e contou que havia visto seu marido com uma mulher entrando no motel
que ela trabalhava.
Regyscley sem notar que era observado pela mulher ouviu onde
estava o tal homem e saiu de lá indo ao seu encontro, combinou com o sujeito e
foi embora, tudo dentro da normalidade e profissionalismo.
Adalgisa ao ouvir o relato de sua prima nem pensou em checar
a informação, já retirou todas as roupas do marido do guarda roupa, colocou em
duas malas e as deixou na sala, se trancou no quarto e se debulhava em lágrimas
enquanto ouvia um velho cd do Kid Abelha.
Regyscley sem saber de nada e voltando pra casa passou em um
posto de gasolina para abastecer quando, no outro lado da rua, viu uma
floricultura aberta e decidiu fazer um agrado a esposa como forma de
compensação por ter chegado tarde chegando em casa viu as malas na sala e não
entendeu nada, lembrou que nem ele nem a esposa tinham planos de viajar e foi
até o quarto questionar a esposa, quando girou a maçaneta viu que o quarto
estava trancado chamou pela esposa.
-Amor?
-SAI DAQUI, VAI EMBORA, TUAS COISAS ESTÃO AI NA SALA, SEU
IDIOTA. Gritou Adalgisa com todas as suas forças.
-Amor, o que está acontecendo, ta louca? Perguntou Regys
completamente inocente e sem entender nada.
-SAI DAQUI, NÃO QUERO FALAR COM VOCÊ.
-Amor, pelo amor de Deus, só me fala o que aconteceu...
-SAI DAQUI, VAI LÁ PRA AQUELA VAGABUNDA QUE ESTAVA CONTIGO
NO MOTEL, VAI.
-Pelo amor de deus, ela é minha colega de trabalho, a gente
tava trabalhando.
-PUTARIA AGORA É TRABALHO É? ERA BEM AQUELA VADIA QUE TU NAMORAVA,
SAI DAQUIIIIII
-Por favor, vamos conversar, eu posso explicar.
-NÃO QUERO SABER, SAI DAQUI, PARA DE MENTIR.
-Eu fui lá pra resolver uma coisa do trabalho, sai aqui ou
deixa eu entrar e vamos conversar, isso é um mal entendido.
-PARA DE MENTIR, NÃO QUERO SABER, VAI EMBORA, TE ODEIO.
-Tá bom, eu admito, eu tava comendo ela mesmo, e quer saber,
ela é muito mais gostosa que você.
Depois dessa frase, Regys escuta a fechadura destrancando, a
porta abrindo, e Adalgisa saindo do quarto completamente destruída e em
lágrimas.
-COMO É QUE É? Perguntou desconsolada.
-Amor, vem aqui, eu só disse isso pra você sair do quarto,
olha isso. Regys mostrou o documento assinado pelo funcionário do motel dizia
onde ele trabalhava, o dia que foi visitado e que aceitava ajudar.
Adalgisa leu, se acalmou e os dois fizeram amor ali mesmo,
na sala, em meio as malas que ela tinha arrumado para o marido.
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